quarta-feira, 31 de julho de 2013

Pauta de Reivindicações para a Caixa de Previdência

Pensando em contribuir com os debates dos mutuários nas audiências públicas e nos encontros que temos marcados nesse mês (dias 06 e 13 de Agosto no Bloco Cultural), apresentamos a síntese das nossas propostas para a melhoria da Caixa de Previdência e seus serviços:


a) Exigir o pagamento dos 2% sobre a folha de pagamentos ao mês que a Prefeitura deve ao Fundo do Exclusivo Caixa (pelos nossos cálculos são no mínimo R$ 3 Milhões que deixam de ser arrecadados anualmente);

b) Aprovar projeto de lei transferindo a contribuição dos 2% ao Fundo do Exclusivo Caixa diretamente para o Fundo da Caixa, unificando a contribuição da prefeitura, totalizando 5,28% sobre a folha de pagamentos, percentual já devido e não pago;

c) Renegociar a dívida do empréstimo da prefeitura, aumentando o valor das parcelas, o que auxiliaria a Caixa a quitar dívidas e equalizar suas contas;

d) Renegociar todos os contratos da Caixa que hoje mantém taxas administrativas, índices, etc, bem acima dos valores praticados pelo mercado, como por exemplo ocorre com o AC Camargo que cobra 38% de taxas, e o Hospital Ana Costa que chegam a 42%, enquanto o normal seria entre 10 a 15%;

e) Realizar auditoria externa permanente;

f) Exigir o adiantamento de parcelas da dívida do empréstimo da prefeitura;

g) Separação física imediata da Caixa de Previdência e do Instituto de Previdência, viabilizando que a receita de cada fundo arque apenas com as despesas correspondentes, pois hoje o Fundo da Caixa é obrigado a pagar todas as contas administrativas da Previdência;

h) Acabar com todos os Cargos Comissionados da Caixa, investindo e valorizando apenas servidores de carreira;

i) Exigir a exoneração do atual superintendente da Caixa, e retomar o processo eleitoral e participativo de todo o quadro gestor. A caixa é dos servidores, e não faz sentido existirem cargos indicados pelo governo;

j) Elevar a contribuição dos Cargos Comissionados que aderirem à assistência médica para 6,46 %;

k) Estudar propostas de Contribuição da Assistência Médica Co-participativa, avaliando impacto na receita, bem como a efetivação dos princípios da solidariedade e da capacidade contributiva. São duas as propostas que defendemos serem mais adequadas: I - A cobrança de 3,28 % em relação ao Total de Vencimentos. ou, II – A cobrança de 1 % do Padrão de Vencimentos por dependente;


l) Rechaçar qualquer cobrança ou participação por procedimento, essa é uma tentativa cruel de forçar o mutuário a evitar utilizar os serviços da Caixa;

m) Somos contra a aprovação do plano facultativo para a Assistência Médica, a desfiliação dos maiores salários, justamente aqueles que hoje possuem condições de manter plano de saúde privado, acarretaria num agravamento ainda maior dos problemas financeiros da caixa;

n) Estudar a aplicação de percentual do superávit do Fundo de Previdência em investimentos para a Caixa. O Fundo é recorrentemente acionado quando a prefeitura tem interesse em conseguir aporte de recursos para seus projetos, se isso é possível, os mutuários poderiam utilizar também para efetivar investimentos para a categoria;

o) Melhorar o sistema do Portal da Transparência da Caixa, para que os servidores acompanhem a receita e as despesas de modo mais consistente, apresentando as contas dos hospitais, clínicas, etc., bem como os montantes arrecadados através do repasse da prefeitura, empréstimos, etc..

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Boletim Informativo número 05 sobre o Conselho Administrativo


por Maykon Rodrigues


Primeiramente, gostaria de informar que não participei da última reunião ordinária do e da última reunião extraordinária do Conselho de Administração, pois não me encontrava na cidade.


Ontem, as 14 horas, ocorreu uma reunião conjunta entre o Conselho Fiscal e o Conselho Administrativo e que contou com a participação de servidores da Caixa, Silvio e Jarbas, do presidente da APMC Paulo e do vereador Jair do Bar e uma assessora sua. 

Inicialmente, a pauta da reunião era uma exposição da empresa MediLink sobre o serviço de acompanhamento em tempo real dos procedimentos realizados pela Caixa (o famoso cartão). O sistema da empresa tem uma série de combinações que controlam os serviços, bloqueando ou desbloqueando determinado procedimento. Exemplo: fez uma consulta, em consultório, com o Doutor X, enquanto não vencer o tempo de retorno, não existe liberação para uma consulta com o mesmo médico de forma automática. Fez um exame y que tem validade de 6 meses, um outro exame igual não é liberado, a não ser com justificativa médica, nesse período. No momento, a empresa instala um serviço de acompanhamentos em tempo real dos procedimentos realizados durante uma internação. Falta a contratação de empresa que faça o serviço de auditoria constante das contas hospitalares (friso que os hospitais são a maior despesa da Caixa).

Para além da discussão sobre os serviços da referida empresa, abriu-se um diálogo sobre os problemas enfrentados pela Caixa. Em minhas falas, apresentei a seguinte linha argumentativa: 

a) Existe uma rotina administrativa que independe de outras forças que não a Caixa e que PRECISA ser resolvida. Entre elas a auditoria externa é fundamental. Para tal, cito um dado. Em 2010 os gastos com hospitais ficaram na casa dos R$ 13 milhões. Em 2011 esses gastos subiram para mais de R$ 21 milhões!!! Número que se manteve em 2012. As outras despesas médicas como dentistas, consultórios, laboratórios tiveram aumento bem menor no período. Além disso, é necessário rever contratos. Pagamos preços acima do mercado para diversos procedimentos. Cito três exemplos. Para tratamentos em Oncologia o ISO tem serviços mais baratos do que o AC Camargo (muitos planos particulares de alto custo não cobrem esse hospital). Usamos o AC Camargo! Esclarecendo mais. Caso um atendido pelo ISO se utilize de medicamentos de 100 reais, o hospital cobra de Brasidice (índice da área) 5%. Vai cobrar da Caixa R$ 105. Já o AC Camargo cobra 38%, cobrará da Caixa R$ 138. O Hospital Ana Costa se utilizar algum material cirúrgico de R$ 1 mil, cobra uma taxa de 42%. Ou seja, a Caixa vai pagar R$ 1420 pela taxa chamada de SIMPRO. O mercado cobra entre 10 a 15%! Por fim, pagamos para o Instituto de Análises Clínicas uma CH de 0,27 (outro índice de mercado. Cada exame vale um número determinado de CH) desde 2000. Em conversa recente o Instituto aceitou REDUZIR a CH! Muitos dentistas são pessoa física. Assim, além do serviço efetuado pelo mesmo, pagamos 20% de INSS. Caso apenas Dentistas que são Pessoa Jurídica oferecessem atendimento, não pagaríamos INSS.

b) Durante anos a relação entre a Caixa e a Prefeitura foi de, digamos, muito zelo e cuidado da Caixa para com a Prefeitura. Empréstimos foram concedidos, atrasos em repasses foram tolerados entre outros. Além disso, nossos salários estão achatados a mais de 20 anos! A mais de dois anos não recebemos qualquer aumento real. Qual o resultado disso? Há 10 anos a Caixa arrecada mensalmente em torno de R$ 1 milhão em contribuição de mutuário/PMC. Hoje esse valor é de R$ 1,5 milhões. A inflação acumulada no período é bem superior aos 50%. Em contrapartida os gastos passaram de R$ 1 milhão para uma média de R$ 2,5 milhões. Assim, temos um déficit entre arrecadação e gastos há anos. Só em 2012 o déficit foi de R$ 9 milhões. Outro exemplo, em 2009 éramos 5.995 mutuários. Em 2012 éramos 6.214. Ou seja, mesmo com todos os concursados, o número de mutuários praticamente não aumentou! As exonerações são tantas quanto as contratações. Salários baixos não estimulam ninguém a ficar na PMC. Por que falo tudo isso? Porque é inadmissível a PMC se eximir de responsabilidade por todo esse caos atual!!!!

c) Como falei no informe anterior, a Caixa Saúde (deficitária) paga despesas da Caixa Previdência (superavitária). Ou seja, qualquer medida que vise sanar a Caixa passa por pensar na relação entre Saúde e Previdência.

d) O Conselho da Caixa fará Audiências Públicas nos dias 06 e 13 de agosto. Apenas uma participação massiva dos servidores nos fará sair dessa situação!

“Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso.”
Fernando Pessoa

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Realizada Primeira Assembleia Paralela dos Servidores de Cubatão


Conforme compromisso firmado com a categoria no final da Campanha Salarial de 2013, diante das ações autoritárias e deprimentes da atual diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos de Cubatão, o Grupo de Oposição Sindical realizou nessa última quarta-feira a primeira Assembleia Paralela da categoria, cujo objetivo é consolidar um espaço autônomo onde todos os servidores e servidoras poderão discutir e deliberar livremente os rumos das lutas do funcionalismo. Ficou decidido que a Assembleia terá caráter permanente e será realizada mensalmente, sempre na terceira quinta-feira do mês, as 18 horas. Agende-se, nosso próximo encontro será dia 22/08.

Durante a plenária foi avaliado o processo da Campanha Salarial de 2013 e a atual situação da Caixa de Previdência, principalmente em relação à Assistência Médica. Os principais encaminhamentos foram:

1) Denunciar o SISPUC por práticas antissindicais ao Ministério Público do Trabalho;

2) Realizar um Seminário sobre a Caixa de Previdência nos dias 8 e 9 de Agosto.   



Veja como foi e o que foi decidido através da Ata da Assembleia. 

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Dia Nacional de Lutas!


Lugar do povo é na rua!

Os fatos ocorridos em junho, quando milhões de pessoas em centenas de cidades brasileiras foram às ruas, sacudiram o país. Mesmo sendo um movimento difuso, com alto grau de contradições, milhões de pessoas na rua são uma força social importantíssima e, mais ainda, contestam a democracia representativa burguesa. Cabe aos movimentos sociais, aos sindicatos classistas e aos partidos de esquerda transformar a espontaneidade que veio das ruas em organização com objetivos nítidos!Sendo assim, diversas centrais sindicais,sindicatos, movimentos sociais e partidos de esquerda convocaram o Dia Nacional de Lutas, que ocorrerá no dia 11 de Julho em todo o país. É hora dos trabalhadores terem o protagonismos das ruas, desmascarando a grande mídia e setores conservadores que tentaram “surfar” na onda dos protestos com uma pauta conservadora e golpista que deu ênfase na corrupção, mas não critica o sistema capitalista!

Por isso, a Oposição SISPUC convoca toda a categoria e demais trabalhadores a se somarem na luta e demonstrar as limitações da democracia liberal representativa e de décadas de governos que consolidaram a hegemonia dos de cima, da burguesia em nosso país. Seja com o PT, seja com o PSDB. É o protagonismo dos de baixo, do povo, dos trabalhadores que altera os rumos do país. Acreditamos que é a luta do povo o principal motor das transformações no Brasil. Vamos às ruas por:

  • Redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salários;
  • Contra o Projeto de Lei 4330/04 que amplia as terceirizações;
  • Fim do fator previdenciário;
  • Auditoria da Dívida Externa;
  • 10% do PIB para Educação e 10% do PIB para Saúde;
  • Passe livre e Estatização do Transporte Público;
  • Fim do superávit fiscal;
  • Suspensão dos leilões do petróleo;
  • Vagas para toda a população nas escolas públicas;
  • Estatização das empresas privatizadas;
  • Redução da jornada de trabalho para 40horas;
  • Reforma agrária;
  • Desmilitarização das Polícias Militares;
  • Punição dos crimes da ditadura; entre outros...

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Boletim Informativo n. 04 sobre a Caixa de Previdência/Saúde

                                                                               por Maykon Rodrigues

Na última quinta-feira, 04/07, ocorreu mais uma reunião do Conselho Administrativo. Estavam presentes todos os Conselheiros, tanto eleitos quanto indicados pela Prefeitura.

A reunião começou com um debate entre os Conselheiros sobre o projeto de lei que estava na pauta da Câmara Municipal no dia 25 de junho (projeto que continua em pauta, mas que teve sua urgência retirada e cujo processo que culminou na retirada já foi por mim informado aqui). Tenho em minhas mãos estudo sobre a situação da Caixa (feita pela Superintendência dessa) e posso repassar para quem quiser mais informações. Após longa discussão, o Conselho resolveu convocar duas Audiências Públicas com a categoria para os seguintes dias:


02/08, as 17:30 horas no Bloco Cultural ( a confirmar)

14/08, as 17:30 horas no Bloco Cultural (a confirmar)


Além disso, foi criado um e-mail para receber sugestões sobre nosso convênio médico, que é o seguinte: sugestaosaude@caixacubatao.sp.gov.br.

Cabe ressaltar que esta gestão do CACASM deve elaborar um Projeto a ser encaminhado ao Executivo sobre o Convênio Médico. Sendo assim, volto a insistir na URGÊNCIA que a categoria deve se mobilizar para discutirmos o mesmo, para que atenda as nossas necessidades. Sobre isso, cito mais dois pontos centrais e pouco debatidos:

a) Exclusivo Caixa (este é um Fundo criado pela lei de 2000 e utilizado para manter a parte burocrática da Autarquia). O mesmo é composto por 5% que incidem sobre as despesas médicas da Caixa, 20% das parcelas do empréstimo e 2% sobre a folha salarial (desde 2000 nenhum governo (Clermont e Marcia Rosa) repassou estes 2% que hoje seriam algo em torno de 200 mil reais). Tal exclusivo vem, literalmente, salvando o Convênio, pois já fez um aporte na ordem de 15 milhões nos últimos dois anos para pagar as despesas de Saúde. Por que insisto em debatermos esse fundo? Por que o mesmo paga as despesas da Autarquia como um todo. Ou seja, despesas também ligadas à Previdência! E também pelo fato de que a Prefeitura deve um montante vultoso para a Caixa, pois não repassa os 2% sobre a folha salarial desde a criação da lei (2000). Assim, uma saída para a Caixa passa pela discussão desse Exclusivo Caixa e, sendo assim, sobre a Caixa de Previdência e sobre a Saúde de forma CONJUNTA!!!!


b) Durante anos a Caixa pagou valores aos prestadores acima de mercado! Apurei o Caso do Instituto de Análises Clinicas e desde 2000 não há reajuste nesses valores, pois pagávamos acima do mercado!!!!! Urge ao Conselho discutir tais temas!!!! E mais um ponto. Desde 2006 o Conselho da Caixa fala em contratar uma empresa para auditar constantemente as contas dos prestadores de serviço e até hoje isso não foi feito!!!! Pergunto: por quê?


Após essa discussão chegamos aos pontos de pauta, que eram dois:

a) Convênio Casa de Saúde que pede reajuste de valores. Em breve teremos reunião com esse prestador de serviço para discutir a questão.

b) Processo sobre a empresa Clínica de Endocrinologia Pediátrica. Esta empresa prestou serviço à Caixa por alguns anos para glosar (auditar) contas referentes à orteses e próteses. O Conselho contesta tal processo e encaminhou denuncia ao MP.

Por fim, pedi esclarecimentos ao Superintendente sobre a ABET, devido às constantes recusas de atendimento da mesma. Ele explicou que a conta mensal deste conveniado vence sempre na primeira semana do mês e que há alguns meses o pagamento é feito só no final do mês. No período em atraso, a empresa não atende novos casos. Assim, por exemplo, agora o dívida está paga, e o serviço sendo prestado, mas semana que vem vence uma nova conta e não há dinheiro para o pagamento. Como podem ver, é urgente nos apropriarmos da situação da Caixa e termos uma solução coletiva!!!!!

“Se as coisas são inatingíveis...
 ora!/ Não é motivo para não querê-las... /
 Que tristes os caminhos se não fora/
 A mágica presença das estrelas!” 
(Poema Das Utopias, Mario Quintana)

Assembleia dia 10 de Julho