domingo, 9 de novembro de 2014

A falta de professores em Cubatão só aumenta!

'50 dias sem professor de matemática', é a queixa de uma mãe. Como ela, pais e mães estão vendo o ensino da cidade apenas piorar, ora por falta de professores, ora por prédios com problemas estruturais e sanitários etc. Esses são problemas sentidos na pele por alunos(as), professores(as) e demais trabalhadores(as) da educação.

A Oposição Sispuc vem denunciando casos recorrentemente, situações que a categoria do funcionalismo de Cubatão vem enfrentando diuturnamente: falta de concurso, salários defasados blá blá blá... O que não percebemos é que essas são importantes questões que geram incontáveis consequências, como, por exemplo, o licenciamento de vários funcionários por estresse decorrente das condições laborais, a chamada síndrome da exaustão, que acomete mais e mais trabalhadores em todos os lugares, não sendo diferente no serviço público...

Só para citar, nesses dois últimos anos tivemos diversos casos emblemáticos, tais como: escolas interditadas por vazamentos, outra com riscos de queda de teto, falta de merenda, infestação de pombos e contaminação de alunos, agressões à professoras, atrasos no pagamento de horas-extras etc.. 

Conversando com os trabalhadores da educação escutamos diversos desabafos sobre a situação que vivem, pois, diretamente lidando com a população, cuidando dos filhos e filhas de Cubatão, se sentem desvalorizados e sem respaldo para implantarem novos projetos nas unidades de ensino. O desgaste é geral, e só não é menor que o medo da perseguição e da sombra do assédio moral sobre aqueles que se revoltam e denunciam cada sinal da 'exploração' e abandono.

Diante desse cenário, com quadro reduzido e sem concursos públicos, a tendência é os trabalhadores serem levados ao extremo e não conseguirem ter ânimo e saúde para cumprirem sua jornada de trabalho... Não podemos ver a falta de professores como algo isolado, um fato atípico, mas temos que entender que é resultado de um processo longo de sucateamento do serviço público, que começou em gestões anteriores e continua na atual. Dessa forma é possível compreender o tamanho do impasse:

Ou voltamos a nos organizar e lutar de forma contundente ou os casos continuaram a "rolar", sob o discurso da fatalidade e do acontecimento isolado, que sabemos estar só na cabeça cínica e leviada dos defensores do governo.

Na Luta!

Veja mais em matéria no jornal Diário do Litoral

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