Conforme
divulgado na última quarta feira (06/11), realizamos um ato em favor dos
servidores municipais com câncer, em frente à Caixa de Previdência de Cubatão.
O ato foi motivado pela suspensão dos atendimentos e procedimentos médicos por
parte do Hospital Fundação Antonio Prudente - A. C. Camargo, em São Paulo.
A interrupção dos
atendimentos foi reflexo da incapacidade da Caixa em honrar seus compromissos
financeiros e da intransigência do Hospital em renegociar a dívida. Em 02
de outubro foi expedido o ofício nº 1090/DBE/cfgn, que, além de justificar
o atraso nos repasses, solicitava a compreensão e a colaboração da operadora em
aceitar pagamentos parciais - 05 parcelas de 20% do total da dívida.
O silêncio do
Hospital em relação ao “pedido de clemência” da Caixa exigiu a expedição de um
novo documento, o ofício 1144/DBE/cfgn, datado de 17 de outubro, que explicava
com maiores detalhes o pedido de renegociação e reforçava a solicitação de “compreensão
[...] em nome da parceria de tantos anos”. A reação do Hospital ao segundo
documento foi a mesma: silêncio total.
Diante desse
estado de coisas, agora sob a gestão da srª Ana Maria Rodrigues, a Caixa
efetuou novo contato, por e-mail, com o Hospital. A mensagem indica que o
débito da autarquia com o Hospital perfazia um total de R$ 731.344,57,
referente ao saldo restante da competência de agosto e setembro de 2013. Da
mesma forma, explicitava que a importância de R$ 250.202, 07, referente às
despesas faturadas em outubro de 2013, seria quitada em 10/11/2013. O e-mail
termina “rogando” pelo restabelecimento imediato dos tratamentos.
Um segundo e-mail
foi enviado ao hospital A. C. Camargo no dia 04 de novembro de 2013, buscando
garantir o atendimento dos pacientes agendados no Registro Geral Hospitalar,
uma vez que os contatos telefônicos entre o DBE da Caixa e a Fundação não
surtiam o efeito desejado: o restabelecimento dos atendimentos e oficialização
da renegociação da dívida.
Num ato de
desespero, o Caixa envia um novo e-mail, no dia 06 de novembro, pedindo à
diretoria do Hospital a “gentileza” de formalizar a recusa do pedido de
renegociação da dívida. Não é preciso dizer que isto não aconteceu...
Ao contrário, o
Hospital passou a ligar diretamente para os pacientes, informando que os
procedimentos seriam interrompidos por falta de repasse da Caixa de Previdência
de Cubatão.
Ora, sabemos que
de nada adiantará apelar para a humanidade do Hospital A. C. Camargo, pois a
lógica que rege suas ações, assim como dos demais planos privados de saúde, é o
lucro. Em nossa sociedade, a medicina se tornou um negócio. A mercantilização
da saúde, ou seja, a transformação da saúde em mercadoria, onde quem tem mais
dinheiro aumenta suas chances de cura, sobrevida e dignidade, coloca a nu a
miséria e a desumanidade a que todos nós e estamos sujeitos.
Por isso, na
próxima semana, realizaremos uma reunião conjunta com os servidores doentes e
seus parentes para deliberar sobre as medidas judiciais necessárias e a
responsabilização do Hospital Fundação Antonio Prudente – Hospital A. C.
Camargo.
No mesmo sentido,
é fundamental que os servidores pressionem a Câmara e o Executivo no sentido de
aumentar a contribuição patronal, para salvarmos a Caixa de Previdência.
Lembrando que salvar a Caixa é parte importante no resgate da dignidade dos
servidores municipais de Cubatão.
É preciso que estejamos
atentos às votações na Câmara, pois a aprovação de medidas equivocadas pode
comprometer não só a saúde, mas a qualidade geral de vida e de trabalho do
funcionalismo municipal. Daí a importância do maior envolvimento das
associações e do próprio Sispuc nas lutas específicas, visando a uma maior
eficácia na luta geral da categoria.
Contamos com
você, servidor, nas próximas ações de nossa Oposição Sindical, pois o horizonte
revela lutas urgentes das quais não poderemos fugir sem correr o risco de comprometer
nossa existência e daqueles que amamos.
À luta, sempre!
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