Diante das graves ofensas e das
inúmeras acusações proferidas contra esta Oposição SINDICAL pelos nobres
vereadores da câmara municipal de Cubatão, nos vimos na obrigação de apresentar
à comunidade de servidores nossa versão sobre os fatos, exercendo assim nosso direito
de resposta.
Em primeiro lugar, é preciso deixar
claro que nunca abandonamos nossas posições críticas ao PL 70/13, defendidas
desde o início das discussões e amplamente divulgadas em nosso Blog, contrárias
aos interesses da administração municipal. Em segundo lugar, defendemos o
direito do professor Maykon Rodrigues – conselheiro eleito com maioria de votos
pelos servidores municipais – em expressar sua posição individual, independente
de ter sido derrotado na votação interna do Conselho, afinal seu mandato está a
serviço dos servidores que nele votaram, não da maioria do Conselho, muito menos da administração municipal.
Apesar de tudo, é preciso deixar
claro que acreditamos na sinceridade dos nobres vereadores quando afirmam que
seu apoio ao PL 70/13 não foi fruto de uma barganha política com o executivo. Entendemos
que a Câmara votou em conformidade com o grau de esclarecimento técnico que
tinha da realidade até aquele momento. É justamente por isso que discordamos do
vereador Fábio Moura, quando este afirma que “o voto foi técnico e não político”,
pois os nobres vereadores assumiram durante a sessão que não possuíam
informações suficientes para avaliar a boa qualidade do projeto; fato
reconhecido pelo vereador Dinho ao afirmar que “o papel dos vereadores não
consistia em saber se o PL era bom ou ruim (sic!), mas apenas referendar um
consenso da maioria.”
Vale ressaltar que a posição
contrária ao PL, expressa nos votos dos conselheiros Maykon, Fernando e Maria
Rita, mesmo representando a vontade da maioria dos servidores, acabou sendo
derrotada. Ou seja, como o conselheiro Márcio Asenha de Freitas (146 votos) não
votou, por votar somente em caso de empate, os votos contrários ao PL dos conselheiros
Maykon (231 votos), Fernando (52 votos) e Maria Rita (49 votos) não foram
suficientes frente aos cinco votos favoráveis, representados pelos conselheiros
João Batista “Tambaú” (86 votos), Eduardo (72 votos), Henrique Marcelo Ferreira de Souza (indicação da
prefeita), Tabajara Rocha Santos (indicação da prefeita) e Carlos Humberto de
Carvalho (indicação da prefeita). Foi assim que 158 votos mais três venceram
332 votos – esperamos que as atas da votação do PL sejam divulgadas, pois até a
data deste texto não haviam sido.
Prezados parlamentares, não houve
consenso, não houve democracia. Ninguém poderia negociar tão mal, se houvesse
igualdade de condições na mesa de negociação. Pede-se 100, ganha-se zero,
tenta-se 6, ganha-se um, e tudo bem, houve consenso. Não nos enganemos: o PL
aprovado por essa Casa de Leis não representa a vontade dos servidores
municipais. Antes, atende aos interesses exclusivos do poder executivo.
Assim, diferente da tese que
alguns vereadores defenderam em plenário, de que não sabíamos o que estávamos
fazendo na sessão daquela terça feira, afirmamos peremptoriamente que a Câmara
municipal é que não reunia as mínimas condições para votar um projeto tão
importante, que mexe com a vida de cinco mil servidores e seus dependentes. Os
vereadores Dóda e César reconheceram a necessidade de mais elementos para uma
intervenção qualificada, assumindo que não possuíam informações suficientes. Por
isso pediram “mais transparência por parte da administração e da
superintendência da Caixa”, reconheceram a necessidade de “audiências públicas
e de um estudo atuarial.” Nobres vereadores, respondam com a mesma sinceridade
com que votaram na sessão de aprovação do PL: é viável onerar os servidores,
injetando mais dinheiro na Caixa, antes de uma auditoria fiscal rigorosa que
avalie a forma como a Caixa vem sendo gerida, responsabilizando seus
superintendentes bem como os prefeitos que os nomearam?
Quanto ao nosso “oportunismo
eleitoreiro”, ou nossa pretensão de “captação de votos” por meio de “movimentos
infiltrados que não darão em nada”, conforme afirma o nobre vereador Ademário,
somos obrigados a reconhecer que não possuímos experiência nessa matéria. Aliás,
não vemos necessidade de aprender tal expediente, pois as únicas eleições que
nos interessam são as eleições sindicais, pela direção do Sispuc. Direito legal
e legítimo, que se mostra cada dia mais necessário, uma vez que a direção de
nosso Sindicato (Sispuc), novamente, demonstra seu total desprezo e negligência
com a categoria, se omitindo das discussões neste e em outros momentos
importantes. Mas isto é um problema dos servidores e não diz respeito a essa
Casa.
Gostaríamos de deixar claro que nunca
foi nossa intenção prejudicar o conjunto de vereadores dessa Casa de Leis. Compreendemos
a importância fundamental que vereadores como os senhores Queixão, Roxinho e
Jair, por exemplo, possuem enquanto lideranças de suas comunidades, tão
sofridas e necessitadas. Torcemos para que vossas senhorias realizem um belo
mandato e melhorem as condições de vida nas periferias de nossa cidade. É
justamente por isso que insistimos na valorização dos servidores municipais,
pois são estes que cotidianamente – quase sempre sem condições de salário e
trabalho - lidam com a população.
Por fim, lamentamos o inconveniente
causado ao vereador Ivan Hildebrando, que, desde o início, a bem da verdade,
demonstrou interesse e boa vontade pela situação da Caixa e, consequentemente,
pela categoria. Mas, reiteramos que não podemos assumir a responsabilidade pela
aprovação do PL 70/13. Tal responsabilidade cabe primeiramente ao poder
executivo e depois aos conselheiros que votaram a favor do PL. Entretanto, isto
não exime a Câmara de Vereadores de sua responsabilidade que, a nosso ver,
errou em aprovar o referido projeto.
Oxalá, torcemos para que ainda haja
tempo de corrigir os erros e injustiças advindos com o Projeto de Lei 70/13.
Na luta,
Oposição Sispuc!
Cubatão, 09 de dezembro de 2013.
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